Temperatura das Cores e Balanço de Branco (White Balance)

Nosso olho tem a incrível capacidade de ver os motivos em suas cores reais em qualquer condição de luz. Mas na verdade, a variação de luz produz cores diferentes: as temperaturas das cores. O maior problema para fotógrafos é que o sensor digital não se ajusta como nosso cérebro, então temos que “dizer” a ele qual é a temperatura de cor usando um recurso chamado Balanço de Branco (WB).

A escala Kelvin

Na fotografia, a combinação de comprimentos de ondas com diferentes tipos de luz é descrita em termo de temperatura das cores. A temperatura da cor é medida em escala Kelvin, usada por cientistas, baseada na quantidade de luz emitida por metais quando aquecidos.

Se uma barra de metal é aquecida a 1.000 K, emite a mesma luz que uma vela. A 3.000 K, a barra aumenta o brilho visivelmente com uma intensidade de luz semelhante à lâmpada residencial, e a 6.000 K, a barra parece ter um brilho branco, fornecendo a mesma luz que o Flash da câmera.

fonte: O novo Manual da Fotografia, John Hedgecoe

Balanço de Branco

As câmeras digitais corrigem automaticamente as diferentes temperaturas de cor. Esse sistema mede a temperatura de cor da luz refletida pelo objeto. E ajusta os componentes verde, vermelho e azul do sinal do chip de imagem antes de gravá-la, de modo que a imagem apareça normal.

A maioria das câmeras digitais também oferece um sistema manual de balanço de branco, permitindo que você determine a filtragem de balanço de branco. Esse recurso é muito útil para obter efeitos criativos ou para corrigir pressupostos incorretos do sistema automático.

fonte: O novo Manual da Fotografia, John Hedgecoe

Sensibilidade ISO

O ISO é equivalente à sensibilidade do filme das câmeras analógicas. Lembra que existiam vários filmes (com ISO 100, 200, 400) e serviam para fotos em dias de sol, nublado e à noite, respectivamente? Essas variações são por conta da sensibilidade à luz dos filmes.

O mesmo acontece nos sensores digitais, a única variante é que, por serem bits de informação, o ISO das câmeras digitais aumenta as informações de luz em cada ponto da imagem.

ISO na prática

Ao dobrar a sensibilidade ISO, o sensor vai precisar da quantidade de luz necessária para produzir uma exposição com um ponto de diferença. Ou seja, se um sensor em ISO 100 requer uma exposição de 1/30 seg. a f8, você pode utilizar um ajuste de 1/60 seg. a f8 com ISO 200, e 1/125 seg. a f8 com ISO 400. Isso é útil para evitar tremores indesejados e movimentos embaçados na imagem. A vantagem e que a maioria das câmeras digitais têm controle manual de ISO.

O principal problema é que altos valores ISO aumentam o ruído eletrônico, produzindo uma imagem granulada semelhante ao efeito dos filmes rápidos nas analógicas. Note nessa ampliação:

sempre que se amplifica um sinal, amplifica-se também o ruído marginal

Efeitos da velocidade do obturador

Além de controlar quanto tempo o sensor fica exposto, a Velocidade do Obturador ainda é responsável por dar efeito de movimento ou congelado.

Congelar o movimento

Quanto menos tempo o obturador ficar aberto, menor será o movimento do motivo no quadro. Ou seja, caso você vá fotografar um carro em alta velocidade, deve usar velocidades mais rápidas do obturador.

Movimento e ação

Quanto menor for a velocidade do obturador, maior será a chance de capturar o movimento do motivo no quadro. Esse efeito transmite a ação do motivo, a imagem borrada sugere movimento. Abaixo da velocidade mínima de cada objetiva é garantia deste efeito.

4 Fatores importantes

  1. A velocidade real do motivo não indica a rapidez que será gerada na imagem capturada.
  2. Se o motivo estiver vindo em direção à câmera ou se afastando dela, a imagem vai mudar mais devagar do que se estivesse se movimentando ao longo do quadro, sendo necessária uma velocidade mais lenta do obturador para congelá-la.
  3. O movimento diagonal ao longo do quadro exige uma velocidade intermediária de obturador, entre rápida e lenta.
  4. Considere também o tamanho da imagem: o movimento de um avião perdendo-se no céu, visto menor que um pássaro, não parecerá tão nítido quanto o balaço de um papoula pela brisa suave bem em frente à objetiva.

Velocidades do obturador

A velocidade do obturador determina quanto tempo o sensor digital fica exposto à luz. Quanto mais luz o sensor receber, mais claro vai ficar. Ou seja, ambientes escuros, dias nublados e noites vão exigir velocidades baixas do obturados. Enquanto dias ensolarados e ambientes iluminados vão permitir velocidades rápidas do obturador. Certifique-se de manter a câmera firme quando usar baixas velocidades, o menor movimento pode comprometer a nitidez da imagem, produzindo imagens borradas.

Velocidades mínimas do obturador

Como regra geral, utilize uma velocidade de obturador mais rápida ou igual a um ponto acima da distância focal de objetiva que estiver usando em sua monoreflex. Isso vai garantir que sua imagem não fique tremida ou borrada.

Distância focal da objetiva utilizada

Velocidade do obturador com a câmera na mão

20 mm

1/30 seg.

28 mm

1/30 seg.

35 mm

1/30 seg.

50 mm

1/60 seg.

80 mm

1/90 seg.

135 mm

1/125 seg.

200 mm

1/225 seg.

400 mm

1/500 seg.


Melhorando a estabilidade

Algumas objetivas oferecem sistemas ópticos embutidos que servem para compensar o movimento da câmera, o famoso Estabilizer. Ele utiliza um sistema de estabilização de imagem com detectores que medem a quantidade de movimentos, essas informações controlam o elemento flutuante da objetiva, que poder ser movidos continuamente de modo que a imagem no sensor permaneça imóvel. A minha objetiva 50mm ES da Cânon, por exemplo, permite tirar fotos coma até dois pontos abaixo do recomendável.

Entretanto, a única forma de garantir imagens sem tremor usando baixas velocidades é com o uso do tripé. Apesar de monopés e grampos também serem úteis, os tripés são de longe os dispositivos mais utilizados. Mas escolha tripés mais pesados, para garantir a estabilidade, com pés ajustáveis e variedades de alturas.

Como aumentar ou diminuir a profundidade de campo?

3 passos para Maximar a profundidade de campo

Obter imagens nítidas é fundamental em qualquer área da fotografia, por isso você precisa estender a profundidade de campo profundidade. Esse recurso é bastante usado para tornar as fotos quase vivas ou sem nenhum ponto embassado.

Três Formas Básicas:

1. Escolha uma abertura pequena (valores f altos)

2. Ajuste sua objetiva para ficar o mais aberto possível (opte por grande-angulares)

3. Posicione-se longe do motivo (de forma que a distância focal possa ser aumentada)

Você ainda pode usar o preview da sua monoreflex (cheque o manual, todas têm esse recurso) para auxiliar a focalização.

3 passos para Minimizar a profundidade de campo

Legal, você já sabe como deixar toda a imagem nítida – isso é muito importante. Mas há ocasiões que você vai querer chamar a atenção para determinados elementos na imagem ou disfarçar elementos indesejáveis, para isso você precisa dominar saber restringir a profundidade de campo.

Três Formas Básicas:

1. Use uma abertura maior (valores f baixos). Quanto maior a abertura do diafragma, menor a profundidade de campo.

2. Use um ajuste de objetiva mais longo à medida que faz um zoom-in, de forma que não apenas corte parte do primeiro plano e do plano de fundo, mas de também que o resto dos planos apareçam mais fora de foco.

3. Aproxime-se do motivo.

Você pode restringir a profundidade de campo para que o fundo fique borrado, mas ainda reconhecível, ou até uma tela de fundo abstrata e anônima. Para conseguir este último é necessário combinar as três regras.


Como aumentar ou diminuir a profundidade de campo?

3 passos para Maximar a profundidade de campo

Obter imagens nítidas é fundamental em qualquer área da fotografia, por isso você precisa estender a profundidade de campo profundidade. Esse recurso é bastante usado para tornar as fotos quase vivas ou sem nenhum ponto embassado.

Três Formas Básicas:

1. Escolha uma abertura pequena (valores f altos)

2. Ajuste sua objetiva para ficar o mais aberto possível (opte por grande-angulares)

3. Posicione-se longe do motivo (de forma que a distância focal possa ser diminuida)

Você ainda pode usar o preview da sua monoreflex (cheque o manual, todas têm esse recurso) para auxiliar a focalização.

3 passos para Minimizar a profundidade de campo

Legal, você já sabe como deixar toda a imagem nítida – isso é muito importante. Mas há ocasiões que você vai querer chamar a atenção para determinados elementos na imagem ou disfarçar elementos indesejáveis, para isso você precisa dominar saber restringir a profundidade de campo.

Três Formas Básicas:

1. Use uma abertura maior (valores f baixos). Quanto maior a abertura do diafragma, menor a profundidade de campo.

2. Use um ajuste de objetiva mais longo à medida que faz um zoom-in, de forma que não apenas corte parte do primeiro plano e do plano de fundo, mas de também que o resto dos planos apareçam mais fora de foco.

3. Aproxime-se do motivo.

Você pode restringir a profundidade de campo para que o fundo fique borrado, mas ainda reconhecível, ou até uma tela de fundo abstrata e anônima. Para conseguir este último é necessário combinar as três regras.

As revoluções do Fotojornalismo [post especial]

O fotojornalismo passou por três grandes revoluções, duas delas estão resumidas a partir do texto "Um apontamento sobre a história do fotojornalismo" de Jorge Pedro Sousa. Segue o link para download:


Clique para baixar Revoluções no fotojornalismo



*atendendo ao pedido do @edufreg

Profundidade de Campo

A profundidade de campo serve para disfarçar ou suavizar os motivos no quadro, ou fazer uma fotografia ficar totalmente nítida. Também é responsável é a razão pela qual é mais fácil obter uma foto em foco com alguns motivos do que em outros. Alguns fotógrafos tentam aumentar a profundidade de campo ao máximo – como os integrantes do histórico Fotoclube f64. Enquanto alguns fotojornalistas preferem manter baixíssimas profundidades de campo, para destacar determinados motivos.

O que é profundidade de campo?

Você já leu o post focalização e sabe que uma objetiva só é capaz de focalizar uma distância focal de cada vez. Para ficar completamente nítida, a imagem precisa registrar pontos de luz que se refletem do motivo como pontos de luz no sensor digital ( ou filme fotográfico). Longe do plano de foco, os pontos de luz são registrados como “círculos de confusão”. Quanto maior forem os círculos, mais fora de foco a foto vai aparecer. Para um certo intervalo de distâncias, os círculos são minúsculos o suficiente para parecerem pontos, e a imagem aparece nítida. Esse intervalo de distâncias é conhecido como profundidade de campo. (HEDGECOE 2006)

Três maneiras de se alterar a profundidade de campo

  • Tamanho da Abertura: é o fator mais importante no controle da profundidade de campo – e o mais manipulável pelo fotógrafo. Tornar a abertura menos aumenta a profundidade de campo, enquanto abri-la mais limita a profundidade de campo
  • A distância do motivo: distâncias próximas propiciam menores profundidades de campo, enquanto motivos focalizados de longe propiciam maiores profundidades.
  • A distância focal ou o ajuste da objetiva zoom: a profundidade de campo diminui drasticamente a medida que a distancia focal aumenta.

Valores de exposição [resposta]

A dúvida da Bárbara é bastante pertinente, vou esclarer de forma bem suscinta

É o seguinte, existe uma gama de combinações de velocidade do obturador e abertura do diafragma que permitem que a mesma quantidade de luz atinja o sensor digital da sua câmera. Se 1/30 seg. a f/11 fornece luz suficiente para sua foto, o mesmo ocorrerá com a combinação 1/8 seg em f/22 ou também com a 1/15 seg com abertura de f/16.

Todos esses ajustes tem o mesmo Valor de Exposição (abreviado do inglês para EV). No exemplo acima, esse valor é EV 12. Um valor EV, quando citado em combinação com a sensibilidade do sensor (ISO), define a quantidade de luz da cena.

Os EV podem ser citados em números positivos ou negativos. Existe um cálculo chato para isso, mas alguns preferem usar uma tabela manual como esta:

Daqui a pouco termino o post sobre Profundidade de Campo

Focalização

Uma boa foto depende principalmente do foco. Mesmo que a composição e a luz estejam perfeitas, se a o motivo principal estiver borrado ou fora de foco o resto não importará. Apesar da maioria das câmeras terem auto-foco – dispositivo de focagem automática – é necessário compreender suas limitações para que você possa evitá-las ou corrigi-las com foco manual.

O que é focalização?

Uma objetiva é capaz de deixar nítido apenas um plano de cada vez. Tudo que estiver à frente ou atrás desse plano estará tecnicamente fora de foco – e cada vez mais fora de foco conforme a distância aumentar do plano de foco. Para nossa alegria, nem tudo é tão dramático. Na prática, existem vários planos em torno do plano focal onde a imagem aparece razoavelmente nítida – um conceito conhecido como profundidade de campo

Focalização manual

Algumas câmeras compactas comuns e digitais permitem uma anulação manual (manual override) nos casos em que você tenha de estimar a distância até o motivo. A vantagem de todas as monoreflex é que você pode ver quando focalizou a câmera corretamente – minha Cânon XS, por exemplo, pisca pequenos pontos vermelhos e soa bip quando o foco está bom.

O foco pode ser ajustado para forçar a atenção do observador para determinada parte do quadro, como no exemplo acima.

Objetivas e ângulo de visão

Entender como funcionam as objetivas é fundamental para criar fotos criativas. É uma das peças fundamentais para controlar sua câmera. Por isso, opte por câmeras com lentes intercambiáveis quando for adquirir sua primeira câmera.

A objetiva corresponde ao olho da câmera, tem várias funções na fotografia, mas controla essencialmente a parte da imagem que estará em foco – embora elementos a certa distância, em frente e atrás do objeto focado, acabem aparecendo aceitavelmente nítidos.

Outra característica importante é o ângulo de visão da sua objetiva, que define quanto do mundo em frente ao fotógrafo estará na imagem.


Ângulo de visão

As objetivas são dividas em três categorias principais dependendo do seu ângulo de visão:

Objetivas Padrão (50mm) – produz imagens semelhantes à que o olho humano vê (ignorando a visão periférica). Produz uma visão mais natural de um objeto do que qualquer outra.

Teleobjetivas (70mm) – têm ângulo de visão fechado e longa distância focal. Permite que você tire fotos de objetos compostos de forma compacta quando é impraticável aproximar-se mais. A visão não natural, fora de padrão, faz objetos que estão a diferentes distâncias pareceram mais próximos do que estão realmente. Por isso são tão utilizadas em retratos e em fotos da lua, por exemplo.

Grande-angulares(35mm-) - apresentam um ângulo de visão mais aberto do que de uma objetiva padrão. Causam bastante distorção na imagem, mas permitem captar partes maiores de uma cena do que com

O que é exposição?

A quantidade de luz que atinge o plano da imagem é controlada de forma conjunta pelo obturador e pelo diafragma da câmera. A melhor analogia que já encontrei é a do mestre da fotografia John Hedgecoe:

A exposição se assemelha a encher um copo com água na torneira: se você abrir a torneira de modo que saia um filete de água ( usando uma pequena abertura), levará muito tempo para encher o copo (velocidade longa do obturador). Ao contrário, se você abrir a torneira até o máximo, o copo se encherá mais rapidamente (velocidade curta do obturador). O quanto você abrir a torneira vai afetar diretamente a velocidade com que o copo ficará cheiro. Do mesmo modo, a abertura e a velocidade do obturador não podem ser selecionadas separadamente.

Escolha a combinação correta:

O sensor digital (ou o copo) da sua câmera receberá a mesma quantidade de luz (água) se cada mudança de abertura do diafragma (o quanto a torneira é aberta) for acompanhada por uma correspondente mudança da velocidade do obturador (o tempo que se deixa a água escorres para o copo). A sequência de velocidades do obturador e auto-explicativa, mas os valores da abertura precisam ser aprendidos.

Como controlar a Exposição

A quantidade de luz exata para registrar uma imagem é conhecida como Exposição.O diafragma e o obturador são os componentes responsáveis pelo controle da exposição.

O processo de exposição é como enche um copo com água. Pense no copo como o sensor digital (equivalente ao filme fotográfico nas analógicas) e a água como a luz. Para encher o copo (expor o sensor), a torneira é aberta total ou parcialmente (como a abertura do diafragma) – a quantidade de água afeta o tempo que a torneira precisa ficar aberta até encher o copo (a velocidade do obturador).

Ou seja, se a abertura está ampla, a velocidade do obturador fica mais baixa, e se a abertura estiver mais estreita, é necessária uma velocidade mais alta.


Partes de uma câmera

As câmeras têm vários componentes comuns, (objetiva, diafragma, obturador e sensor digital, este corresponde ao filme fotográfico das analógicas). A abertura do diafragma e a velocidade do obturador são os dois controles fundamentais encontrados em todas as câmeras.

Para formar a imagem, a luz refletida por um objeto passa pela objetiva. Essa luz pode ser alterada pela Abertura do Diafragma, que varia de tamanho como a íris do olho humano, para aumentar ou diminuir a quantidade de luz que atinge o sensor ou filme fotográfico.

A Velocidade do Obturador controla quanto tempo o sensor ficará exposto à luz. Por fim, a luz é registrada no Plano Focal, superfície plana onde a imagem se forma no sensor digital.